Primavera verão 2008

Enquanto no litoral aguardamos pelo verão, no hemisfério Norte as semanas de moda de Nova York, Paris, Milão,Londres acontecem uma atrás da outra e eles já ditam o que vai ser vendido , divulgado, amado e odiado,em julho aqui no Brasil e em todo o Hemisfério sul. Mas não é preciso ter pressa, porque o inverno ainda está bem longe,primeiro é preciso aproveitar a variedade que está nas vitrines e que deixa consumidoras, e porque não consumidores ansiosos para ter onde usar a carteira ou o minivestido.
Na verdade , em todo esses meus 18 anos, não lembro de coleções tão diversificadas e que representam quase todas as décadas .
Futurismo -Verniz,metálico,plástico,silhueta em A, geometria .Esses tipos de materiais representaram a época das viagens espaciais , quando o homem pisou na Lua, idéia de que viveríamos como Os Jetsons .Ìcones: Twiggy , Barbarella(Jane Fonda)
Anos 80-Depois de uma releitura os anos 80 chegou menos exagerado nas roupase deixou essa caracteristica para os acessórios, abusando das cores fortes , capuz, cintura marcada,balonê mais sutil .
Androginia- Coletes, camisas e alfaiataria misturado com elementos femininos. Pense Annie Hall (Diane Keaton) em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa.
Hollywood glamour-Paetês, cetim,gola de laço. Marilyn Monroe, Brigitte Bardot, Grace Kelly
Natural-por causa da preocupação ambiental, estilistas apresentaram esse ano, novos tecidos menos agressivos ao planeta. O rústico ,cáqui,artesanato podem estar presentes nas roupas e nos acessórios.
Cintura alta, babados, pantalonas, skinny jeans, macaquinho, flores listras, carteira, sacola, mochila, anabela, salto de cortiça, salto de acrílico, cores fortes+ verniz, vinil, matelassê, tecido, drapeados, peep toes, sapatilhas, neutro com cítrico, amarelo...
Para os meninos: cores cítricas com neutras,cangurus, xadrez, listras, bolsos..

Enfim, a variedade de materiais e cores é tão grande que até desnorteia, mas a possibilidade de explorar várias identidades e épocas diferentes é incrível e não faz ninguém ficar preso em um mesmo padrão e sair por aí igual a todo mundo.

Mariana Rodrigues

Turistas - o filme

Estava adiando há muito tempo esse filme,porque sabia que não ia gostar de quase nada; e estava certa. Antes de tudo, salvo a trilha sonora: Marcelo D2 de cabo a rabo, no maior estilo hip- hop com samba. E talvez essa seja a única vertente que conseguiram captar do que é realmente o Brasil...Sim,nós sabemos os erros e as falcatruas que existem aqui, os opostos, as contrariedades...E ai, até me contenho pra ser menos ufanista do que eu era há uns 2 anos atrás.
Mas o que mostra durante o filme INTEIRO é a crueldade, o "tudo por dinheiro" que os brasileiros têm quase como instintivo. Fora a sexualidade, porque aqui nós somos, temos e só usamos a banana. É, as mulheres se jogam nos turistas pelo dinheiro, e os homens abusam das inocentes loiras americanas. Não sabiam desse lado? E Floripa é o paraíso, só galera de gene bonito, puxado pros olhos azuis e pra pele branquinha.
Os cortes de cena remetem ao filme "Jogos Mortais", mostrando em seqüência o olhar aflito da loira, sua barriga sendo aberta com um bisturi, o olhar cruel do médico ralé que se vinga no mercado da venda de órgãos.
Durante muito tempo, o filme tem luz baixa, principalmente quando eles entram nas cavernas no fundo do mar. Tudo se torna mais sinistro e mais brasileiro a partir daí.
No fim das contas, morrem 3 turistas sem rim, e a reputação do Brasil.
E tem Adriana Calcanhoto no final; se alguém me explicar o que tem a ver "Avião sem asa/Fogueira sem brasa/sou eu assim sem você" com a volta dos sobreviventes para a Terra do consumismo, ganha uma passagem pra Floripa. =


Nathália Geraldo

Teve início, nesta quarta-feira, no auditório da Unimonte - Campus Vitório Lanza, o pré-congresso da Intercom- Colóquio Brasil/Argentina que, ficamos sabendo no local, era destinado apenas aos professores e cientistas.
Nem a metade do auditório chegou a ser ocupada, mas aconteceram debates interessantes, dentre eles: Alfabetização audiovisual como mecanismo de reflexão e construção do pensamento, muito bem apresentado pelo professor da Eca-Usp, Alexandre Dias Paza.
Houve uma apresentação do histório das universidades, públicas e privadas da Argentina, com uma série de dados econômicos, gráficos e material um tanto cansativo.
Uma informação que achei interessante e que pode servir para entendermos toda dificuldade que temos com as universidades no Brasil é o fato de que a primeira Universidade Argentina foi criada em Córdoba, em 1613.
A professora Renata falou a respeito do ensino à distância e da a importância da articulação com políticas públicas e a respeito da oportunidade digital que ainda não inclui, mas que amplia para quem já participa desse meio.
O professor Roger, também da Eca-USP falou a respeito das rádios e teves digitais e o uso social desses meios.
O professor Eduardo falou sobre a interferência americana na produção do cinema nacional.
As professoras Daniela Osvald Ramos e Egle Müller, das Faculdades Cásper Líbero e Anhembi falaram a respeito de Webjornalismo, apresentando um projeto para construção de home-page, com recorte social, citando o exemplo do saite "Los amores", da Argentina, que faz parte do jornal Clarin (clarin.com).
As mesas eram compostas por brasileiros e argentinos e os últimos não tinham a preocupação de serem entendidos pois falavam muito rápido e, me pareceu, para eles mesmos (lembram da aula de antropologia sobre o quanto a ciência se utiliza de linguagem distante do povo??)
É isso. Amanhã nova jornada com início às 8h na Unisanta.Beijos e aguardo vocês (pelo menos alguns e algumas)

Cidinha

Espaço Unibanco

Novidade: O Espaço Unibanco, costumeiramente destinado a senhoras da classe alta que gostam de ir ao cinema no meio da semana, tem o ingresso de quinta-feira por R$ 4,00 (inteira),R$ 2,00 (a meia)! E olha que não é só pra filme-arte, não...Pra se ter uma idéia,está em cartaz "Os Simpsons - o filme" e "O Primo Basílio".
A respeito do último,eu achei um filme razoável...Não sou nenhuma crítica de cinema, e muito menos li o livro de Eça de Queirós,o que não me dá moral nenhuma pra questionar... :P
Mas achei o filme meio vazio,salvo o figurino maravilhoso da Deborah Falabella, e a inquestionável atuação de Glória Pires. O resto (entende-se por Fábio Assunção e Reinaldo Gianechinni) não produz muito além do que vemos normalmente.
Outra coisa, a gente tem que aproveitar mais esse Espaço...Tem salas pequenas,mas confortáveis, e passa muita coisa que o Roxy e o Cinemark não passam.Tem filmes "comerciais",documentários,nacional,curtas e etc...
Todo mundo gosta de arte,e por R$ 2,00,mais ainda!
:)

Nathália Geraldo

Que mesmo cheios de trabalhos,livros pra ler e baladas pra curtir,a gente possa vir aqui algumas vezes,pra fazer N comentários sobre a nossa vida jornalística e cultural =)